Não existe um jeito único ou uma forma ideal para apurar o custo do objeto de venda. Quer seja para calcular seu preço, quer para apurar a margem de rentabilidade de determinado preço, são muitas as alternativas de custeio existentes. Cada uma delas atendendo necessidades particulares de análise, avaliação e precificação.
Enquanto para um ofertante convém utilizar o custeio por absorção, o custo efetivo e o custo médio, para outro pode convir o uso do custeio ABC, do custo meta e do custo padrão.
Em que pese as inúmeras variantes existentes, nos deteremos naquelas que atendem as necessidades costumeiras de precificação e que se encontram esquematizadas no quadro a seguir.
Tal qual exposto, essas variantes são o resultado do uso de quatro tipos de parâmetros:
– a base de cálculo do preço de venda e da margem de rentabilidade,
– o método de alocação do custo ao produto,
– a natureza do custo que serve de base de cálculo e
– o critério de valoração dos insumos ou produtos utilizados.
As bases de cálculo do preço e das margens de rentabilidade (margem líquida, margem bruta, margem de markup e contribuição marginal, respectivamente) são o custo integral ou pleno, o custo do produto vendido ou custo do objeto de venda em si, o custo base do markup e o custo base da margem de contribuição. Já os métodos de alocação do custo são o custeio direto, o custeio por absorção e o custeio ABC. Por sua vez as naturezas do custo base são o custo efetivo, o custo padrão, o custo orçado e o custo-meta. E os critérios de valoração dos insumos ou produtos que compõe o objeto de venda são o custo médio, o custo mais recente, o custo de reposição e o custo arbitrado.
Todas essas variantes podem ser utilizadas para cálculo dos preços e da rentabilidade das vendas. Sua escolha obedece às mais diferentes razões, tais como ramo de atividade, especificidades do negócio, características do mercado, disponibilidade de informações, exigência de stakeholders ou mesmo preferências pessoais.
